quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ecos do passado – Por: Jaqueline Flores

Se na época em que eu estava na sexta série, dez anos atrás, minha professora de Língua Portuguesa tivesse pedido para escrever uma memória sobre meus pais, eu teria adorado, é certo que inventaria muitas coisas, por não conhecer bem o meu pai. Mas seria uma experiência boa compartilhar o que sabia.
De fato, não sei muitas histórias sobre a infância dos meus pais, mas o que sei, conto, principalmente a história do meu pai, que se fosse parar para investigar daria um livro. Para começar, minha avó paterna casou aos trezes anos por imposição da família, desse casamento nasceu meu pai e meu tio, ambos não habitam mais entre nós. Meu avô inventou de bater em minha vó, o pai dela barrou logo a ideia e a tirou de casa. Nunca mais ela viu o meu avô. Só sei que ele resolveu se vingar roubou meu pai enquanto dormia, aos três anos.
Os anos passaram, minha vó casou novamente, teve mais seis filhos, ficou sem ter notícias do meu pai por muitos anos, que foi criado pelas tias, sofreu muito, foi muito maltratado, cresceu no meio do mato, sem estudo, sem uma família de verdade. Só veio encontrar a minha vó quando tinha vinte e cinco anos, pouco tempo antes do meu nascimento. História difícil, triste, o curioso é que em vida, meu pai e meu tio não tiveram contato. Meu tio faleceu nove meses antes do meu pai, mesmo morando em Estados diferentes, ficaram no mesmo hospital, no mesmo setor e por incrível que pareça, foram enterrados no mesmo cemitério. Separados em vida, unidos pela mesma terra. Coincidência ou não, essa história mexe muito comigo.

domingo, 22 de novembro de 2009

Por um fio – Por: Danilo S. Faustino

Tinha uma loja que ficava perto da minha casa. Quando chegaram minhas férias resolvi ir até lá. Chegando lá, a dona da loja falou comigo, ela era tão bonita que naquele momento eu desejei passar a minha vida inteira com ela.
Seus olhos pareciam gotas de diamante, os seus cabelos pareciam a rosa mais florida do meu jardim. Rapidamente fui para minha casa, me arrumei, gastei todo o meu perfume, cortei os cabelos, as unhas. Confiante, fui até a loja, cheguei até ela e disse "Jhessica, você é a menina mais linda que já vi, você quer sair comigo?" Ela respondeu que queria.
No dia do jantar ela não apareceu, fui à loja e ela não estava, liguei para a casa dela e a mãe dela disse que ela estava morta, ela tinha câncer e havia deixado uma carta para mim que dizia: "John, eu te amo, queria passar o resto da minha vida com você. No dia em que te vi pela primeira vez, me apaixonei loucamente, sempre estarei com você, um beijo. Te amo."
Chorei. Parecia que eu queria morrer, pensei que se ela não tivesse câncer, ela estaria ao meu lado, agora tenho em mente que ela se foi, fica a minha tristeza porque não me casei com ela.

sábado, 21 de novembro de 2009

A cobra – Por: Islaine


Eu estava conversando com minha mãe a respeito de cobras, falando que tinha muito medo dessas víboras, foi quando ela começou a me contar...
"Quando eu era pequena com mais ou menos nove anos, numa certa noite de verão eu e meus irmãos estávamos no quintal de casa brincando e conversando.
Depois de algum tempo me deu vontade de fazer xixi, minha irmã Solange, a quem eu chamo até hoje de Tota, falou pra que eu fosse ali mesmo, no matinho, ninguém veria, poderia ir sossegada.
Confiante, fui. Passado um tempo que eu estava lá no meu banheiro improvisado, minha irmã grita desesperada para eu sair de lá correndo dali porque havia uma cobra atrás de mim, ela gritava para que eu saísse logo dali.
Do jeito que eu estava, fiquei. Achando que fosse brincadeira dela. Minha irmã insistiu, dizendo que era verdade, meu irmão Amadeus, a quem chamo até hoje de Deuzinha confirmou o fato desesperado também.
Resolvi olhar para trás para ver se era verdade o que eles estavam falando, quando olhei vi uma baita cobra bem perto de mim. Saí gritando, correndo, chorando desesperadamente, com as calças no joelho. A partir daquele dia, nunca mais fiz xixi no matinho do quintal da minha casa."

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mãe só tem uma – Por: Camila da S. Lourenço

Memória de Camila da Silva Lourenço, baseada na entrevista com Umbelina Pinto Lourenço

Quando eu tinha sete anos perdi minha mãe. Foi o pior dia da minha vida, ela morreu queimada.
Naquele dia a minha infância acabou, tudo o que eu tinha havia acabado, sumido. Senti a dor de perder uma grande mãe. Meu pai se casou de novo, ganhei outra mãe, a minha madrasta também me deu muito amor, não foi como o amor da minha mãe, a mãe da gente faz muita falta.
Casei, fiquei casada por trinta e seis anos, depois me separei. Tive cinco filhos, um morreu, mesmo assim segui em frente, não me desesperei. Hoje tenho cinquenta e seis anos e sou muito feliz pela graça de Deus.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As ideias dos meus pais – Por Ana Paula M. Morgerote


Às vezes, quando fico com vontade de comer alguma coisa ou peço aos meus pais para comprar calças, sapatos, blusas e camisas, eles já vem logo contando as histórias de quando eram pequenos.
Meu pai é o que mais fala sobre isso. Conta que quando era menor só comia leite em pó com pão e água, tudo junto e misturado, que não tinha roupa de marca, que o tênis dele dava muito chulé e era muito ruim.
Minha mãe é quase igual ao meu pai, se peço algo, lá vem ela falando que quando era da minha idade não tinha quase nada para comer, quando tinha Danone comia bem devagar para não acabar tudo, porque o Danone era comido apenas uma vez ao mês.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Família Feliz – por: Dayana R. Camara

Memória escrita por Dayana, baseada na história contada por Maria Renilda (mãe)

Eu tive uma vida sofrida, mas era feliz. Fazia coisas que se contar para minhas filhas, elas não vão acreditar. Pegava galinha da minha vizinha e matava para comer, brincava de boneca (mas não essas bonecas modernas), eu brincava de boneca feita com sabugo de milho, sempre fui muito feliz.
Nasci em Pernambuco e vim para São Paulo com quatorze anos com meu noivo para casar, que hoje é meu marido. Faz dezessete anos que estou casada com ele, tenho três filhas maravilhosas: uma de dezesseis anos chamada Daniela, a outra com quatorze, chamada Débora e a mais nova Dayana que tem doze anos. Hoje sou muito feliz com minha família completa.

domingo, 15 de novembro de 2009

Meu pai na minha infância: Por: Emerson G. Teixeira


Quando eu tinha seis anos, ganhei uma bola que furou no mesmo dia. Então ganhei outra bola de capotão, joguei na rua e um carro passou por cima dela. Chorei muito, depois peguei uma pipa para soltar, tomaram-no de mim.
Chorei muito. Meu pai vendo minha tristeza pegou a pipa de volta para me alegrar. Coloquei a pipa no alto, me cortaram na mão. Então meu pai me deu dinheiro e eu fui comprar outra pipa.

sábado, 14 de novembro de 2009

A vida do meu pai – Por: Thiago Maia

Memória escrita por Thiago Maia, baseada na entrevista com Claúdio Reginaldo

Meu pai me contou que sua infância era muito legal, ele andava a cavalo, trabalhava ajudando sua mãe e seu pai. Mas chegou uma hora que ele decidiu que não dava mais para ficar na casa dos pais.
Aos quatorze anos veio para São Paulo, morou cinco anos sozinho. Foi quando conheceu minha mãe, que já tinha uma filha de três anos. Meu pai gostou muito dela, então namoraram alguns anos, desse namoro eu nasci. Depois de alguns anos eles se separaram. Fiquei morando com minha mãe e depois fui morar com meu pai.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Minha heroína – Por: Wesley B. Damaceno

A infância da minha mãe foi muito ruim, ela estudou só até a sétima série porque teve que trabalhar na roça com a mãe, o pai e os irmãos.
Todos trabalhavam para comprar as coisas de casa. Mesmo trabalhando, minha mãe era feliz brincando com suas amigas. Quando casou com meu pai ficou muito feliz, e essa felicidade dura até hoje. Quando eu e meus irmãos nascemos, foi um momento muito feliz.
Hoje temos uma casa muito bonita, estamos tocando a família, meu pai e minha mãe estão trabalhando, estamos super felizes. Minha mãe tem trinta e cinco anos e tem muita disposição.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Infância de minha mãe – Por: Fernanda

Quando minha mãe tinha quatorze anos se sentiu mal, minha tia a levou ao hospital. Chegando lá ela teve uma parada cardíaca, foi para a UTI, ficou um mês no hospital e depois teve alta.
Quando ela ainda estava internada, viu uma pessoa com um capuz preto e uma foice na mão. Ela ficou com muito medo. Oito anos depois, ela sofreu um acidente na Imigrantes, foi Deus quem a livrou, pois na hora do acidente não estava muito trânsito.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Infância Atormentada – Por: Leonardo Felipe A. S.

Minha vó me disse que meu pai era muito arteiro, muito bagunceiro mesmo. Ele se juntava com outros meninos da idade dele e aprontava muito. Ela conta que dos filhos dela, meu pai era o mais arteiro, ficava pulando em fábricas junto desses colegas.
Naquela época meu pai nem teve uma infância lá muito longa, ele teve até que deixar a escola para trabalhar. Ele trabalhou muito na roça, foi muito esforçado em sua infância. Hoje é um maravilhoso pai e trabalhador.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

As férias – Por: Michely M. dos Santos

Memória escrita por Michely, baseada na entrevista feita com o pai (Marcos Roberto)

Nas minhas férias de nove anos, fui para Araçatuba com meu pai e meus irmãos. Chegamos lá já era noite, no dia seguinte bem cedinho fui para a casa da minha tia, irmã do meu pai, meu irmão mais velho foi junto. Chegando lá fui brincar com minhas primas, era época de manga, havia uma mangueira muito grande lá, eu e minhas primas subimos na mangueira, meu irmão mais velho ficou com medo de subi, então fiquei zombando dele.
Eu e minhas primas começamos a pular de um galho para o outro, quando fui ver, caí de cima da árvore. Quebrei o braço em três lugares, minha prima mais velha começou a chorar assustada, meu pai estava indo embora e eu iria dormir na minha tia, mas quando ele ouviu o grito, saiu correndo para ver o que havia acontecido.
Ele me levou ao hospital na bicicleta. Fiquei três dias internado, ainda fiquei de castigo por ter estragado o passeio da família. Depois desse dia, nunca mais subi em árvores.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Um sonho – Por: Macksuell de S. Vieira C.

Minha mãe tinha dois sonhos, um deles era comprar uma casa e o outro era comprar um carro.
Ma época que ela queria ter essas duas coisas, financeiramente não daria, mas ela arrumou um trabalho melhor e começou a juntar pouco a pouco e começou a comprar a casa dos sonhos dela.
Conseguiu também comprar o carro que tanto queria. Hoje nós temos uma casa muito espaçosa, onde acontecem muitas festas aos finais de semana.

domingo, 8 de novembro de 2009

Trocando o dia pela noite – Por: Karusca S. C.

Minha mãe contou-me que quando ela era criança, brincava muito, principalmente com seus irmãos. Ela conta que um dia ficou até tarde da noite brincando de brincadeiras que nunca ouvi falar, mas que pela descrição feita por ela, parecem bem divertidas.
Em uma dessas brincadeiras no quintal de minha vó com meus irmãos, minha mãe conta que brincou até o dia amanhecer, a brincadeira estava tão boa que eles nem viram o tempo passar. Depois dormiram a tarde inteira, mesmo assim acordaram morrendo de sono. Ela prometeu nunca mais fazer isso, porque é uma sensação muito estranha, fica mais cansada durante a noite do que durante o dia.
É muito mais perigoso brincar à noite, porque tem mais bichos e fica muito escuro. Minha mãe aprendeu uma lição: pra tudo na vida existe um horário certo.

sábado, 7 de novembro de 2009

Ai! Que susto! – Por: Jaqueline Ap. Santos

Memória escrita por Jaqueline Ap. dos Santos de Jesus, baseada na entrevista com a Mãe Terezinha de Oliveira

Um dia eu estava brincando entre os matos lá na roça. Estava dentro de uma caverna, até que apareceu uma cobra. Eu estava tremendo, morrendo de medo, comecei a gritar socorro ao meu pai. Ele veio correndo para me salvar. Vagarosamente, ele pegou um pedaço de pau, enrolou a cobra e jogou-a no rio. Voltamos para casa e contei a todos sobre o meu grande susto.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A mudança – Por: Gilmar

Quando minha mãe tinha trinta e oito anos, era evangélica e ia à igreja quase todo dia. Ela era muito especial para mim e para meus irmãos.
Quando completou trinta e nove anos, aconteceu uma coisa que mudou a vida da minha mãe, ela conheceu um rapaz e começou a ficar com ele. Eu não gosto desse rapaz porque Ele fez minha mãe sair da igreja. E consequentemente começou a fumar, beber pinga. Nesses dias em que minha mãe estava com ele, não ia mais à igreja.
Memória baseada em fatos reais, retidos de uma entrevista com Antônio José da Silva
Numa bela tarde, exatamente no dia em que eu estava completando onze anos, minha mãe chegou com a notícia de que eu iria realizar o sonho da minha vida, como presente de aniversário eu iria ao zoológico.
Fui. Ao chegar lá, senti-me lisonjeado e muito feliz. Vi macacos, girafas, zebras, leões, rinocerontes... Até que chegou a hora de eu ver o crocodilo, eu estava morrendo de medo, mas consegui chegar até o lugar onde ele estava e o ver. Em princípio senti muito medo, mas depois fiquei curioso, achava que ele iria me matar. Ao contrário do que pensei, o crocodilo estava super calmo. Fui embora muito feliz e satisfeito com aquele presente, um sonho realizado.

Papai e Mamãe – Por: Renan

Quando o meu pai era pequeno, ele trabalhava na roça fazendo tijolo para vender e a minha mãe era professora.
Antes de meus pais se conhecerem, minha mãe passava para a escola e perguntava por que meu pai não ia à escola. Meu pai falava apenas que não, e ficava na porta da escola namorando. Quando minha mãe saía da escola falava para ele "você não foi à escola só para ficar aí namorando" e depois ia embora.
Certo dia, meu pai perguntou se minha mãe queria namorar ele. Minha mãe não aceitou e disse que tinha namorado. Mesmo assim, meu pai continuou na porta da escola. Quando o namoro da minha mãe acabou, ela aceitou o pedido do meu pai. Depois veio para São Paulo, se casaram e hoje somos muitos felizes.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tempos difíceis – Por Bianca Kawane O.

Memória baseada na entrevista feita à mãe de Bianca

Minha mãe me contou da sua adolescência difícil, quando aconteceu o relacionamento dela com meu pai. Conta desde quando começou, quando ela namorava às escondidas, quando meu tio a pegava no flagra, corria para contar á minha vó. Quando minha mãe chegava a casa, minha vó já estava com o cipó nas mãos, pronta para bater em minha mãe. Depois de um tempo acabou aprovando o namoro, deve ter cansado de buscar tantos cipós.
Minha mãe teve a minha irmã mais velha aos dezoito anos, em consequência disso, teve que morar com meu pai, sofria muito na casa da sogra. Depois veio meu irmão e logo depois eu. Eu nasci aqui em São Paulo e meus irmãos nasceram em Sergipe.
Quando viemos para cá, depois de quatro anos meu pai separou-se da minha mãe. Mas ela foi guerreira nos criando sozinha, até hoje nós temos do bom e do melhor sem a ajuda do meu pai.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A Família – Por: Mirelle Leite

Memória baseada na entrevista feita com a mãe de Mirelle: Fabiana

Fabiana trabalhou muito na roça, o que ela não fez na sua infância e gostaria de fazer é estudar. Então falo para quem estuda, aproveite bem, porque se você não tiver cuidado com o que tem, quando crescer vai querer voltar à infância para estudar.
E hoje minha mãe me dá muitos conselhos, espero que você tenha o conselho da sua mãe, o conselho que minha mãe me deu, está guardado em meu coração. Quando ela era pequena, não estudou e ainda teve que cuidar da irmãzinha dela que hoje tem vinte e cinco anos, porque Deus ajudou muito.
Minha mãe começou a namorar aos treze anos, escondido da mãe dela. Ficou com esse namorado durante muitos anos, depois de um tempo se separou dele. Minha mãe conta que é porque ele a maltratava muito. Eu pergunto a ele se isso é verdade, porque ele vem a São Paulo a cada quinze dias, ele fala que é mentira, não sei em quem acreditar. Ele paga pensão para minha mãe, que já é casada com outro homem e tem um filho, eu descobri que esse homem era meu tio.
Quase me esqueci de dizer outro fato, quando nasci e ainda estava no hospital, meu pai falou "tomara que não seja pretinha e do cabelo duro", minha mãe me contou essa história, eu pergunto a ele, que sempre nega, novamente fico sem saber em quem acreditar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Alarme Falso – Por: Caroline Ferreira

Memória escrita baseada na entrevista realizada com a mãe de Caroline: Tereza Ferreira dos Santos
Quando eu tinha oito anos, morava em um lugar cheio de mato. Um dia achei de entrar no meio do mato e ficar gritando "Socorro!" só para ver o que minha mãe faria. Aproveitei que minha mãe havia ido lavar roupas no riacho e fui atrás dela. Chegando lá, entrei no meio do mato e comecei a gritar "Socorro!". Minha mãe desesperada largou a roupa que estava lavando e entrou no mato para me procurar.
Quando ela estava quase desistindo de me achar, conseguiu me encontrar e descobriu que era pura mentira minha. Quando cheguei a casa, minha mãe deu-me umas boas chineladas.

domingo, 1 de novembro de 2009

Terceira Parte:

Assim contam meus Pais

terça-feira, 20 de outubro de 2009

As férias com meu pai – Por: Paulo Ricardo

Nas férias de verão fui para a casa do meu pai. Não tinha muito que fazer lá, então eu ajudava meu pai em algumas coisas.
Certo dia, decidimos montar um carro. No primeiro dia mechemos no motor. Levamos quase o dia inteiro para ter certeza de que nada daria errado.
No segundo dia arrumamos uma carcaça, lixamos, pintamos e por fim a encaixamos. Para finalizar, no último dia colocamos os painéis, faróis, bancos, pneus e um para-choques.
Finalmente o dia de estrear. Tive uma sensação de estar esquecendo algo. Claro! Minha habilitação, eu não tinha. Meu pai disse que quando passassem alguns anos eu poderia dirigir meu carro. Por enquanto me contentarei em apenas admirar nossa obra de arte.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O cavalo Prometido – Por: Thiago M. de Almeida

Em uma de minhas férias, fui a Minas Gerais com meu pai para a casa da minha avó. Lá em Minas há muitos cavalos bonitos. Eu gostaria muito de ter um. Minha avó tinha uma égua que estava para parir, aproveitando a situação, pedi um cavalo à minha vó.
Ela pediu que eu esperasse a égua dar à luz, e se eu merecesse, ganharia um cavalo com certeza. Quando a égua pariu, minha vó estava precisando de dinheiro e precisou vender os filhotes. Prometeu que quando a égua parisse novamente, eu receberia meu cavalo.
Eu aceitei esperar. Infelizmente a égua machucou-se, ficou doente, começou a cair sozinha e morreu. Eu fiquei sem cavalo.

Brincadeirinha – Por: Jaqueline A. dos Santos

Neste ano, no dia primeiro de abril foi muito engraçado porque muitas pessoas pregaram muitas peças, teve uma peça que foi tão grande que todos caíram nela. Meu primo mais velho, de vinte anos, fez vários bilhetes avisando que haveria uma festa na Rua Calamar e distribuiu para meus tios e tias, avisando que era para estarem lá às 15hs. Todos se prepararam para ir à grande festa, quando chegaram lá, não havia ninguém.
Eu e meus primos estávamos juntos, foi muito engraçado. Eles juraram que no próximo primeiro de abril, nós íamos ser vítimas. É melhor tomarmos cuidado no próximo ano.

domingo, 18 de outubro de 2009

O carro – Por: Gilmar da C. Vieira de Sousa

O carro do meu tio estava com o pneu furado. Ele foi para comprar outro pneu e achou que estava muito caro e achou não gostando do pneu que comprou. Apesar disso, ele dirigiu o carro e foi embora, disse que o pneu já estava arrumado. O cara da loja perguntou por que meu tio queria um pneu novo, se já estava arrumado, ele respondeu que era para o caso de furar um.
Outro dia meu tio ficou muito nervoso porque tinha furado o pneu e ainda por cima quebrado o freio de mão. Nervoso ele me perguntou como iríamos sair daquela situação. Eu dei uma ideia a ele, que poderia ser boa ou ruim. Pedi que ele virasse em uma rua e deixasse o carro descer direto. Ele ficou muito contente e agradeceu pela minha ideia.

Um sonho quase impossível – Por: Maksuel de S. V. Cabral

Tenho três sonhos, um deles é conhecer a Rússia, Alemanha e Israel. Desses três países, o que eu mais quero é conhecer Israel, porque é para mim, um país espetacular. Israel é um país de guerra, mas é um dos países mais lindos e poderosos em batalha. Se eu fosse para Israel, queria conhecer o Rio Nilo e o Monte Sinai, queria conhecer também o Rio Jordão e o lugar onde Jesus Cristo foi crucificado e também o lugar por onde passaram Abraão e seu filho.

sábado, 17 de outubro de 2009

Amor de Criança – Por: Islaine

Lá pelos meus oito, nove anos, estava passando por aquela fase que as meninas começam a sentir um friozinho na barriga ao olharem para aquele gatinho da escola. Comigo não foi diferente. Comecei a ter esse friozinho na barriga toda vez que via o Fábio, um gatinho da minha sala. Mas como todas as meninas, eu não tinha coragem de falar que gostava dele. Tornamos-nos grandes amigos, minhas amigas falavam que ele gostava de mim e que eu gostava dele, da minha parte era verdade, mas se ele sentia o mesmo não sei, nem tinha coragem de perguntar.
Quando um de nos fazia aniversário, a sala batia parabéns e cantava "com quem será, com quem será que a Islaine vai casar, vai depender, vai depender se o Fábio vai querer", ou vice-versa. Ficávamos vermelhos de vergonha, ele principalmente, que era bem branquinho. Mas como tudo passa aquilo passou. Foi uma fase de minha infância. Meu primeiro amor.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Vinho – Por: Michely M. dos Santos

Aos três anos, quando eu ainda morava em Curitiba (Paraná), com minha mãe, tia, avó e primos, eu estava com minha mãe na cozinha preparando almoço, ela estava tomando vinho, meus primos jogando vídeo game e minha avó passando roupa.
Então minha tia chamou minha mãe, porque precisava falar com ela. Minha mãe foi e eu fiquei sozinha na cozinha. Eu e aquela taça de vinho. Fiquei olhando para ela, a imaginando olhando para mim, até que não aguentei mais e levantei para pegá-la. Bebi todo o vinho que havia na taça.
Quando minha mãe voltou, eu estava desmaiada no chão. Minha mãe olhou para a taça, que estava vazia. Fiquei a tarde inteira desmaiada. Quando meu pai chegou de São Paulo, minha mãe contou o que havia acontecido, quando eles perceberam que eu não acordava, resolveram levar-me ao médico, era entre seis e sete da noite. A caminho do médico eu acordei, minha mãe brigou comigo e colocou-me de castigo.
Aprendi que os menores de idade não podem tomar bebidas alcoólicas.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tombos na corda – Por: Por: Caroline F. Barros

Uma noite, eu e minha prima Kelly pegamos uma corda e a esticamos no meio da rua, deixando a ponta dessa corda dentro do meu portão. Ficamos esperando alguma pessoa descer. Dali a pouco veio uma mulher, puxamos a corda e a mulher levou um tombo. Desesperada, ela olhou para todo lado e não viu a gente, o portão era preto.
Depois que a mulher foi embora, voltamos à rua e "reesticamos" a corda e voltamos para trás do portão. Veio um homem descendo com uma mulher e um pau na mão, puxamos a corda e eles levaram um tombo de cara no chão. O homem apanhou o pau e começou a bater para todo lado. A mulher viu minha prima se mexendo, então pegou uma pedra e atirou-a lá dentro do portão. Essa pedra foi certeira na cabeça da minha prima. Depois disso, nunca mais fizemos aquilo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Amigas – Por: Karusca S. Costa

Quando eu era mais nova, ia à casa da minha vó todo final de ano. Na última vez que fui, brinquei bastante com a minha prima e fiz um monte de amigas, quase toda noite nós saíamos.
No meio do ano elas vieram para Diadema e ficaram em minha casa, foi muito bom, fomos a vários lugares divertidos e elas adoraram. Ficaram por aqui mais ou menos duas semanas. Fiz de tudo para aproveitar ao máximo aquele momento. Combinei com elas que no final do ano voltaria lá e ficaria na casa delas, mas elas disseram que preferiam voltar aqui, assim ficou combinado.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O que eu queria mesmo – Por: Fernanda

Um momento em minha infância que nunca tive foi ir à praia. Eu desejava tanto ir á praia que já tinha até comprado o biquíni. Sempre que tentava ir não dava certo. Até hoje nunca fui á praia, não conheço o barulho do mar, o mar azul que deve ser lindo
Também queria ter viajado só que meus pais não tinham condições para comprar as passagens. Queria ter ido a Paris, mas nem a Minas Gerais pude ir por falta de dinheiro. Se eu pudesse ir a Paris, iria adorar, mas o que eu queria mesmo era ir à praia ver o mar.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Fã é fogo! – Por: Dayana Rodrigues Camara

Eu estava dentro do avião, meu destino era Paris, ia fazer um show. Chegando ao aeroporto de Paris, deparei-me com vários fãs pedindo autógrafos e doidos para tirar fotos. Do nada surgiu uma fã me agarrando e falando para que eu desse um autógrafo, que ele era minha fã. Os seguranças afastaram essa fã maluca rapidamente. Fiquei toda despenteada, o show estava em cima da hora. Ainda bem que uma amiga ligou para meu empresário e providenciou outra maquiagem e novas roupas, o show atrasou, mas foi um sucesso.

domingo, 11 de outubro de 2009

Meu sonho – Por: Ana Paula M. Morgerote

Queria ter vivido uma vida muito mais legal, queria realizar meu sonho de ser modelo e fazer um "book". Infelizmente isso não deu para acontecer na minha infância.
Queria ter começado minha carreira bem novinha, para assim me tornar uma das melhores do mundo e desfilar em todos os lugares famosos, como Paris – capital da França, e Nova York, considerada a capital da moda nos EUA. Vestiria vários modelos de vestidos feitos pelos melhores estilistas, apesar de toda essa fama, ainda queria manter e viver com minhas amizades atuais.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

16 anos – Por: Danilo da S. Faustino


Queria ter dezesseis anos para namorar. Mas ainda está muito cedo, tenho que ter dezesseis anos para namorar. Conheci uma menina, Catarine. Ela é linda, estou começando a gostar dela, estou louquinho para namorá-la. Eu acho que ela gosta de mim, eu a amo.
Tem uma menina na minha rua que chama Letícia, ela gosta de mim, mas eu a odeio, porque ela fica enchendo o saco. Pedi para a Catarine esperar eu completar dezesseis anos. Até hoje estamos esperando.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Um sonho de futebol – Por: Leonardo F. A. Salles

Um dia eu estava jogando futebol e quebrei o pé. Mas não desisti de jogar, porque muitas pessoas dizem que eu tenho muito talento com a bola.
Mesmo assim, fiquei um bom tempo fora das quadras e campos. Mas não desisti, quando melhorei, voltei e fiz muito sucesso e passei a jogar muita bola. Meus amigos e familiares me apoiaram muito em meu sonho. Foi assim que consegui chegar a esse bom desempenho que tenho hoje.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Como nasci – Por: Wesley Barbosa Damaceno

Nasci em 1997, mês de maio, no dia vinte e dois. Hoje tenho doze anos. Sou natural de São Paulo, meus pais e meus irmãos são de Minas Gerais. Sou muito tímido. Meu irmão tem sete anos, em outubro completa oito, será no dia trinta e um.
Tive uma infância muito boa. Quando nasci minha mãe teve que parar de trabalhar para que eu nascesse, enquanto isso meu pai teve que trabalhar mais para comprar comida.
Quando cresci, minha mãe voltou a trabalhar e teve que me deixar na casa de uma amiga dela. Quando meu irmão nasceu, ela teve que sair do trabalho novamente, acabou perdendo esse emprego. Nós crescemos, estamos saudáveis e muito felizes.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A Escola – Por: Mirelle Leite Pereira

Acho que estou exagerando em relação à escola Deputado Gregório Bezerra. Estava eu na escola, sentada. Foi aí que aprendi que educação é bom e todo mundo gosta. Só não sei se os outros alunos aprenderam. Isso foi uma coisa muito boa para a minha vida, quem não gosta, com certeza é diferente.
Eu estava na troca de professor, fui ao pátio que é na parte de cima, correram e me empurraram. Machuquei-me no ferro e levei quatro pontos, com esse fato aprendi que desobedecer traz muitos problemas. A escola é lugar de aprender, por isso as professoras ensinam, para quando crescermos passarmos essa sabedoria adiante. Se em cada aula você aprender algo novo, já está bom demais. As histórias que aprendemos na escola podem ser boas e ruins. Se formos olhar pra quem nos odeia, não aprenderemos nada.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Brinquedos Imaginários – Por: Bianca Kawane O. da Silva

Achei que tinha brinquedos, brinquedo não tinha não. Achei que podia voar como a Mulher Maravilha, voar não podia não. Desisti dessa ideia, decidi brincar de mutante, atravessar paredes. Não podia, em vez de atravessar a parede, bati a cabeça.
Tentei imaginar a lua me fazendo carinho, mas para isso eu tinha que ter sossego. Isso eu não tinha, por estar sem brinquedos para brincar. Decidi desenhar com os olhos tapados. Desenhei o nada. Não teve graça. Catei as cadeiras da cozinha para brincar de trem. Não havia quem dirigisse e minha mãe pegou as cadeiras. Final das contas: notei que brincava mesmo sem brinquedos.

domingo, 4 de outubro de 2009

Queria que fosse assim – Por: Nana Shara

Queria que fosse tudo do meu jeito. Antigamente, quando eu era pequena, queria que eu e minha mãe fôssemos ricas. Se não fôssemos ricas, queria que pelo menos tivéssemos uma bela casa toda mobiliada, uma casa completa com tudo de bom. Queria ter conhecido meu pai, mas desde pequena fui criada pela minha madrinha, depois fui morar com Tia Silvana, ela são como uma mãe para mim, e o marido da Tia Silvana é como um pai.
Desde pequena considero minha Tia Silvana como madrinha, e Tio Aguinelo como parte da minha família de verdade. Posso dizer que mesmo pobre, sou uma menina muito feliz.

sábado, 3 de outubro de 2009

O carro quebrado – Por: Renan Costa Oliveira

Quando a minha família estava indo para Santos, o carro do meu pai quebrou na rodovia e não queria pegar. Todo mundo desceu para empurrar, ficamos esperando no carro, até que ele conseguiu consertar.
Andamos mais 5 km e o carro quebrou, dessa vez meu pai chamou o resgate, ficamos esperando, demorou muito até que o resgate chegasse. Quando o resgate chegou, voltamos para São Paulo para consertar o carro, que demorou muitas horas para ficar pronto. Depois voltamos de viagem para Santos, dessa vez foi tudo bem, o carro não quebrou na estrada.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Brincadeira de Rua – Por: Camila da Silva Lourenço

Brincadeira de rua pode ser muito perigosa. Estava brincando na rua com minha prima, quando ela convidou-me a dormir em sua casa, pedi para minha mãe, ela deixou.
Chegando à casa de minha prima, fomos brincar de pega-pega na rua. Veio um carro em alta velocidade, por pouco não me atropela. A mãe da minha prima viu, deu um grito que até fiquei assustada. Ela nos disse que foi Deus quem me salvou. Agradeço muito a Deus por esse milagre. Nunca vou esquecer que para brincar na rua, precisa ter muito cuidado e atenção.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Passeio – Por: André Freire da Silva

Eu tenho uma amiga que precisou morar no interior, desde que ela se foi, nunca pude visitá-la. Um dia, para minha surpresa, ela bateu na porta da minha casa e disse: "vamos à minha casa fazer uma visita!" Não pensei duas vezes e aceitei.
Arrumei as malas, minha mãe já havia concordado então eu fui. Chegando lá, pude matar toda a minha saudade. Saímos, fomos à praia, jantamos fora, fizemos muitas coisas divertidas, brincamos como crianças de cinco anos. Foi a melhor sensação que já tive, estava realizando um sonho, que era conhecer a praia, brinquei como nunca havia brincado. Realizei-me totalmente naquele passeio.

Segunda parte:


 Criando Memórias

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Crescer e ser Feliz – Por: Gilmar

Quando eu era pequeno, via muitas coisas na minha frente, mas não podia ir até elas. Quando fiquei maior e já sabia andar, isso mudou. Aprendi a andar de bicicleta, às vezes caía porque não tinha muito equilíbrio, mas meu irmão maior ensinou-me muito e muito. Dali em diante consegui andar sem as mãos no guidão, passei a ir de um lado para o outro.
Quando pequeno, já sabia falar, mas minha mãe disse que eu não conseguia falar direito ainda aos dois anos. Melhorei depois dos quatro anos, fui falando aos pouquinhos e logo estava falando e muito! Hoje falo um pouco errado porque tive dificuldades quando pequeno, minha irmã também não falava direito. Mas com o tempo melhoramos. Foi bom para mim e para ela, ficamos felizes. Agora é crescer e ser feliz.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Batida na cabeça – Por: Fernanda

Quando eu tinha cinco anos, minha mãe foi dar banho em mim e nas minhas primas Ketlyn e Valquíria, na casa de baixo, que era a casa da minha tia, só que o banheiro era para o lado de fora da casa.
Depois que terminamos de tomar banho, minha mãe e meu irmão subiram para pegar guarda-chuvas, enquanto isso eu, a Ketlyn que tinha oito anos e a Valquíria que tinha dez, estávamos sentadas em um sofá pequeno que tinha lá fora, eu sentada no meio e elas nas pontas. Estávamos lá sentadas, quando o Betoven (cachorro que era do meu irmão) pulou em nós. Caímos, batemos a cabeça na pedra. Estava chovendo muito, subimos na chuva mesmo. Quando chegamos lá na minha casa, minha mãe falou que era para esperarmos sentadas.
Contei a ela que havíamos caído e batido a cabeça, estávamos com sono e doidas para dormir. Minha mãe não nos deixou dormir. Depois de uma no, o cachorro morreu.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O refrigerante grande – Por: Nana Shara da S. Felismino

Quando eu era pequena, minha mãe sempre pedia para eu comprar refrigerante para ela. Quando a "madinha" da minha mãe ia lá em casa, sempre me encontrava no meio do caminho com aquele refrigerante maior que eu, bondosamente ela tomava de mim e levava para a minha mãe. Quando criança eu gostava muito de andar de calcinha. Um dia estava andando de vestido até o pé e sem cacinha pela casa. Minha mãe começou a correr atrás de mim para eu vestir a roupa. Eu era muito fofinha e gostava muito de brincar, agora cresci e sou uma menina mais séria.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Arrancar os dentes – Por: André Freire Silva

Há seis anos, acordei e fui escovar os dentes, senti uma dorzinha na boca e senti um dente mole. Era tudo novo para mim, que corri gritando minha mãe dizendo que iria morrer. Ao encontrar minha mãe que ficou dizendo que era tudo normal, que era só arrancar que nasceria outro no lugar; fiquei pensando "será que vai doer? Irá meu dente crescer de novo?"
Minha mãe então pegou o pano de prato e disse "vamos arrancar esse dente?" Eu deixei, mas doeu tanto, quando o dente estava quase saindo, gritei e mordi a mão da minha mãe pedindo para parar.
Ela viu que seria difícil, então me enganou dizendo "tome filho, essa maçã suculenta, está tão deliciosa, hum..." Caí na dela, mordi a maçã. Meu dente caiu. Foi assim que perdi meu primeiro dente.

domingo, 13 de setembro de 2009

Prejuízo – Por: Renan Costa Oliveira

Quando eu era pequeno fazia muitas coisas, fazia muita arte. Minha mãe conta que quando eu tomava banho, ficava embaixo da pia, colocava óleo no cabelo e ainda teve um dia que engoli muito óleo, deixando minha mãe muito brava.
Outra vez eu fui dormir, quando acordei minha mãe não estava em casa. Levantei, puxei a estante que caiu em cima da cama e quebrou todas as coisas. Quando meu pai chegou, ficou furioso. Teve que comprar outra cama. Dei um prejuízo muito grande para meu pai. Depois pedi desculpas e nunca mais aprontei nada desse tipo.

sábado, 12 de setembro de 2009

Histórias de vizinho – Por: Caroline F. Barros

Numa tarde, eu e meu primo Kaique estávamos brincando de futebol no meu quintal. Quando chutei a bola para o gol, ela foi parar bem na árvore do meu vizinho. Eu e meu primo jogamos várias pedras na árvore, para ver ser a bola caía. Estávamos brincando em uma escada de barro, eu e meu primo continuamos jogando pedras, até que uma das pedras que joguei, acertou direto na janela do vizinho. Descemos a escada correndo. Quando o vizinho abriu a e foi descer a escada, escorregou e desceu rolando. Aproveitamos esse momento e fomos correndo para a casa do meu primo.
No outro dia, ele foi à minha casa e reclamou com minha mãe, que falou um bocado para mim e para meu primo. Dias depois, minha mãe e minha tia pagaram o vidro e até hoje o vizinho não fala com a gente.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O carrinho - Por: Thiago Maia de Almeida

Quando eu era pequeno, tinha uma bicicletinha, todos os dias eu a pegava para dar uma volta. Certo dia meu pai chegou com uma sacola e me entregou. Perguntei o que era aquilo, ele pediu que eu abrisse, já que eu estava curioso. Depressa abri a sacola e lá estava um carrinho de controle remoto movido a gasolina.
Peguei meu carrinho, saí para a rua com ele nas mãos. Todos ficaram olhando. Todo dia eu passava um pano nele, porque estava com muita sujeira. Até então, ninguém tinha carrinho na minha rua. Então peguei a minha bicicleta e voltei a andar. Foi quando vi meus amigos brincando de carrinho.
Voltei correndo com a bicicleta, peguei o carrinho, abri a tampinha, pus a gasolina e saí na rua com ele. Convidei meus amigos para apostarmos uma corrida, eles aceitaram. Posicionamo-nos, demos a largada. Meu carrinho começou a falhar, na mesma hora, tinha um ônibus descendo a rua. Meu carrinho parou de andar. Corri para tentar pegá-lo, mas o ônibus passou por cima dele. Contei para o meu pai que meu carrinho havia quebrado. Fiquei muito triste.

Separação – Por: Maksuell de Souza V. Cabral

Essa memória da minha infância eu nunca irei esquecer. Foi a coisa mais difícil da minha vida. Essa coisa foi a separação dos meus pais. Foi muito difícil ver cada um indo para um lado. Eu ficava triste e não conseguia aceitar. Minhas tias falavam para mim que a vida é assim, um dia a gente perde, no outro a gente ganha.
Todos da família tentavam me consolar, mas mesmo assim eu não era mais o mesmo, algo estranho estava faltando em mim. Na época eu tinha só dez anos. Todos os finais de ano, mamãe ia me visitar, eu ficava com minha tia porque minha mãe precisava trabalhar. Só mesmo um pai e uma mãe para dar amor verdadeiro ao filho. Minha tia cuidava de mim, mas não era como a minha mãe, eu sentia muito a falta dela.
O tempo passou, eu vim morar com minha mãe e fiquei muito feliz. Agora ela tinha outro companheiro, no início fiquei constrangido com aquela situação. Mas estou feliz porque também estou com minha mãe.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dupla dinâmica – Por: Jaqueline Ap. dos S. Jesus

Numa sexta-feira muito louca, na casa de minha tia, eu e meu primo estávamos caçando uma lagartixa loucamente. Começamos a imaginar uma selva no quintal. Era um dia chuvoso e ao mesmo tempo ensolarado, uma confusão no céu, plantas de jardinagem viravam matagais e a caça não parava por aí, foi até as 20h 15min.
Até que repentinamente, minha mãe nos chamou para comer. Nós fomos, mas sem esquecer a lagartixa. Quando voltamos à caça, lá estava ela. Antes de pegá-la, armamos um plano para pegá-la de surpresa, um na frente e o outro atrás. Finalmente conseguimos, pegamos uma caixa e com uma caneta a enchemos de furinhos, colocamos a lagartixa dentro da caixa com umas formigas.
No dia seguinte, uma coisa intrigante aconteceu, ela não estava mais lá. Meu primo a nomeou de "fugitiva de araque".

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Primeiro pedaço de bolo – Por: Bianca Kawane O. da Silva

No dia 09/07/2000, tive meu aniversário de quatro anos. Foi aquela festança, todos alegres com aminha festa e do meu irmão com a fantasia dos Bananas de Pijamas.
Meu pai não estava presente, porque estava divorciado da minha mãe, mas isso é outra história. Na hora de cantar os "parabéns", cantaram primeiro para meu irmão. Quando cantaram para mim, recusei bater palmas, tudo isso porque eu tinha medo de escuro e de fogo.
Meu irmão deu o primeiro pedaço de bolo para meu tio. Eu estava irritada com aquilo tudo, não disse nada à minha mãe quando perguntou para quem seria o primeiro pedaço de bolo, ela pediu, tentou de novo e eu não respondia. Na terceira vez, ela tirou a chupeta da minha boca e perguntou com o bolo na mão: "de quem vai ser o primeiro pedaço de bolo?". Sem responder, mordi o bolo na mão dela. Assim fiquei com o primeiro pedaço do meu bolo.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A fonoaudióloga – Por: Karusca S. Costa

Quando eu tinha mais ou menos seis, sete anos, tinha um problema na fala que me atrapalhava bastante. Eu trocava a letra V pela letra Z, e a letra F pela letra S. em vez de falar "vaca" eu falava "zaca", e em vez de falar "faca" eu falava "saca".
Por mais que tentasse eu não conseguia falar direito, todos achavam engraçado o jeito que eu falava.
Fui fazer fonoaudiologia, o nome da fonoaudióloga era Cláudia, parecia ser bem brava, eu achava que fazer fonoaudiologia seria chato e com ela pioraria um pouco mais. A sala era escura, com um daqueles relógios de areia no canto, uma estante cheia de livros, todo esse cenário me amedrontava.
Depois de um tempo comecei a achá-la legal. Lá na clínica havia uma sala de jogos, eu sempre jogava com ela, na época aquilo era tudo de bom. Passou um tempo, ela engravidou, foi embora e eu passei a falar corretamente.

A Fada dos dentes – Por: Islaine

Há mais ou menos sete anos, quando eu ainda tinha cinco anos, estava naquela fase que os dentes começam a cair. Um dos primeiros caiu em casa, quando eu estava comendo maçã, fiquei triste e desesperada, gritei com a boca meio dormente:
- Mãe, a minha boca está sangrando, meu dente caiu e agora?
Minha mãe, despreocupada respondeu que não precisava de todo aquele escândalo só por causa de um dente. Questionei à mamãe, como é que eu iria comer maçã, será que eu teria que usar dentes falsos igual à vó Luciana?
Minha mãe explicou que demoraria muito ainda para eu usar dentes falsos, os meus dentes estavam caindo para nascerem outros mais fortes. Entendi tudo o que mamãe explicou, mesmo assim fiquei triste a pensar para onde iriam os meus dentes que caíam. Será que iriam para a fábrica de dentes falsos? Perguntei isso à minha mãe, que me disse direitinho o que fazer.
Quando eu fosse dormir, deveria pegar o dente caído e colocar embaixo do travesseiro. Quando eu estivesse dormindo, viria uma fada muito bonita pegar o meu dente e deixaria um prêmio no lugar, mas para isso eu deveria me comportar bem.
Naquela noite fiquei acordada até muito tarde com o dente embaixo do travesseiro esperando a tal fada. Peguei no sono e no outro dia, ao acordar, olhei embaixo do travesseiro, não achei o dente, mas encontrei uma bonequinha linda, que passei a chamar de Fada Lili. Tenho Lili e suas irmãs até hoje.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Portão – Por: Michelly dos Santos


Aos meus quatro anos, aconteceu uma coisa que eu nunca vou esquecer. Minha mãe foi ao centro de Curitiba junto com meu pai e me deixou na casa da minha tia.
Eu e meu primo estávamos brincando no quintal com os cachorros, minha tia estava assistindo novela com minha tia e meu tio; como de costume, eu e meu primo ficávamos nos pendurando no portão. Quando era mais ou menos 15hs, meu primo saiu para beber água, eu me desequilibrei e caí. O portão caiu em cima de mim.
Apavorada, saí gritando, minha tia saiu para ver o que havia acontecido, minha cabeça estava sangrando. Ela ficou apavorada e ligou para minha mãe. Elas encontraram-se no hospital, meu tio levou-me de carro, o médico me atendeu e eu levei três pontos do lado direito da cabeça.
À noite, na hora de tomar banho comecei chorar porque tinha que tirar o curativo, eu não queria deixar. Minha mãe nervosa chamou meu pai para tirar. Com toda calma ele tirou o curativo e me deu banho direitinho. Depois desse dia, nunca mais pendurei no portão.

domingo, 6 de setembro de 2009

Tempos difíceis – Por: Kauane S. Cardoso



Em uma de minhas férias eu e meu irmão fomos para a casa de minha tia. De lá fomos à praia, passamos na casa do meu pai e almoçamos na casa do meu padrinho e dormimos na casa da minha tia.
Viajamos para o interior, mas antes passamos no hospital. Lá no interior mora o meu tio, fiquei por lá um mês.
Depois voltei para São Paulo, lembro que seria meu aniversário de quatro anos, um mês antes, a minha mãe havia morrido em um acidente na Imigrantes, hoje faz seis anos que perdi minha mãe.
Lembro também que um dia fiz meus pais brigarem.
Ano retrasado, minha vó resolveu fazer um quarto para o José e para mim, para o meu pai e a esposa dele.
O quarto estava quase pronto, só faltava colocar o piso e pintar as quatro paredes. Comprar a cama, guarda-roupa, televisão.
Meu pai teve que comprar outro guarda roupa, foi um prejuízo maior ainda quando eu derrubei a TV no chão.
Apanhei de cinto de coro e bati a testa no chão.
Hoje tenho a marca na testa. Também caí da guia da minha casa e da escada que tem no meu quintal, dessa vez bati a boca no chão, sangrou muito.

Amizade através de brincadeira - Por: Tainá A. Ferreira


Na minha infância eu gostava de brincar mais de casinha do que de amarelinha. A minha preferência pela casinha era simplesmente porque todas as meninas gostavam mais de boneca, e assim eu pegava mais amizade.

Eu e minhas amigas que conquistei brincando de casinha acreditávamos muito que no dia da quaresma, fazia mal pular amarelinha à noite, se pulássemos amarelinha a mula sem cabeça iria aparecer, acreditávamos muito em folclore.

Eu tinha cinco anos de idade, eu pegava amizade em brincadeiras quando eu saía com a minha mãe para casa da minha tia. Minhas tias levavam minhas primas para me conhecer, porque eu era muito pequena.

Teve uma tia que quando me viu, falou que eu era muito feia, minha mãe começou a chorar e brigou com a minha tia, que ficou com muita raiva.

Eu e minha priminha só voltamos a nos ver quando fizemos seis anos de idade. Na minha infância, conquistei muitas amigas, por isso sou tão feliz assim.

Minhas amigas me compreendiam muito quando eu era pequena, adorava brincar de casinha, porque parecia brincar de amizade porque todos eram amigos.

Presente Interativo – Por: Wesley B. Damaceno

Eu me lembro do dia em que ganhei um vídeo-game, fiquei muito feliz, não parei de jogar, tinha um jogo muito bom.
Eu e meu irmão jogamos futebol, fizemos muitos gols: de bicicleta, de cobertura de falta, de cabeça, pedalando de costas, os mais variados gols.
O jogo de carro era muito “da hora” e o de tiro também.
Passaram alguns dias, eu, meu irmão e minha mãe fomos para a casa da minha vó em Minas Gerais.
Quase um mês após o Natal, no dia seis de janeiro chegamos aqui em São Paulo, faltando quatro dias para o aniversário do meu primo.
Esqueci um pouco do vídeo game, quando meu primo nasceu, fui visitá-lo no dia das mães.
O nome dele é Gustavo e minha vó veio de Minas para ajudar minha tia em casa e para olhar o Gustavo. Ela foi embora no dia dez de maio, deixando muitas saudades.

Tombo na escada – Por: Ana Paula M. Morgerote

Há quatro anos,quando eu tinha uns sete, oito anos estava em casa assistindo TV com minha mãe, eu estava cansada, quase dormindo, eram por volta de 16h 40min.

Fiquei com vontade de comer um doce, pedi dinheiro para minha mãe, ela deu-me algumas moedas, então saí para comprar os doces que queria.

O problema é que havia acabado de chover e havia uma escada de ferro.

Desci e tomei um lindo tombo. Comecei a chorar e gritar muito havia machucado a mão esquerda, estava aberta ao meio e sangrava muito.

Minha mãe pegou-me no colo e me levou para casa e colocou minha mão no pote com água e vinagre. Começou a sarar e mais tarde fui comprar meu doce.