segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Brinquedos Imaginários – Por: Bianca Kawane O. da Silva

Achei que tinha brinquedos, brinquedo não tinha não. Achei que podia voar como a Mulher Maravilha, voar não podia não. Desisti dessa ideia, decidi brincar de mutante, atravessar paredes. Não podia, em vez de atravessar a parede, bati a cabeça.
Tentei imaginar a lua me fazendo carinho, mas para isso eu tinha que ter sossego. Isso eu não tinha, por estar sem brinquedos para brincar. Decidi desenhar com os olhos tapados. Desenhei o nada. Não teve graça. Catei as cadeiras da cozinha para brincar de trem. Não havia quem dirigisse e minha mãe pegou as cadeiras. Final das contas: notei que brincava mesmo sem brinquedos.

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